Codice fiscale: como fazer na Itália e no Brasil

O primeiro passo para o reconhecimento da cidadania italiana é fazer o codice fiscale. Esse número é tipo o seu CPF na Itália e qualquer pessoa, até estrangeira, pode fazer. Inclusive no Brasil, bem antes de embarcar!

Algumas semanas antes da minha viagem, estava de passagem pela Avenida Paulista e resolvi parar no Consulado Italiano para ver se poderia fazer na hora. A resposta que obtive foi que sim: seria apenas necessário um documento com foto e comprovante de residência em meu nome.

Na época, às vésperas da viagem, eu estava morando com meus pais. Portanto, não tinha nenhuma continha de água que fosse no meu nome! E, mesmo tendo o mesmo sobrenome do meu pai, não seria possível. Fuén!

Eu queria viajar com o codice fiscale feito porque, quanto menos coisa tivesse para fazer na Itália, melhor. Não falo o idioma tão bem, não sabia quais seriam as dificuldades de me locomover aqui e tentei levar tudo o mais pronto possível. Mas já comecei dando essa barrigada: o codice fiscale precisaria ser feito na Itália mesmo.

Bom, se todo mundo faz, não deve ser difícil, né?

Passo a passo do codice fiscale

Para fazer o codice fiscale na Itália, é preciso ter uma cópia da página de dados do seu passaporte (isso pode ser feito no Brasil). Na Itália, providencie também uma cópia do carimbo de entrada no país se seu voo foi direto (senão, é necessário fazer a Dichiarazione di Presenza).

Com essas cópias prontas, procure uma Agenzia delle Entrate, o órgão responsável pelas finanças e impostos. Isso pode ser feito neste site.

Pelo que vi, a Agenzia delle Entrate abre ao público até a hora do almoço na maior parte dos dias. Portanto, é uma boa se programar com o horário para não dar com a cara na porta.

agenzia delle entrate milao
A Agenzia delle Entrate que fui, em Milão

Eu pretendia chegar no primeiro horário, mas acabei me enrolando e cheguei por volta das 11h. Tinha uma fila pequena, com imigrantes da China e da Rússia. Recebi um formulário para preencher – que pode ser em inglês ou italiano – e, depois, peguei uma senha.

Para preencher o formulário, use seu endereço brasileiro. Onde perguntar o local de nascimento, coloque “Brasile” e, em Província, escreva “EE”. Não assine: isso deve ser feito mais tarde, quando o funcionário pedir. E, na dúvida, deixe o campo em branco e peça ajuda 😉

Depois de preenchido o formulário, voltei para o mesmo balcão e peguei uma senha, que é chamada em uma tela bem sinalizada (lembra muito o Poupatempo no Brasil!). Quando chamaram meu número, foi só me dirigir à mesa, entregar o formulário, o passaporte e as cópias das páginas e esperar o funcionário fazer a magia da burocracia!

Eles estão bastante acostumados a atender imigrantes, então não precisa ter medo no que diz respeito ao entendimento e ao idioma. Mas sempre fale o que souber de italiano! No meu atendimento, o moço foi muito simpático: perguntou quando eu tinha chegado, se era minha primeira vez na Itália e até tirou uma onda que meu nome tem origem italiana. Tudo isso em tom de bate-papo, não de entrevista.

No fim, você sairá de lá com uma folha impressa com seus dados e o codice fiscale. Importante: confira os dados antes de sair! No meu caso, Giovana estava com dois N (valeu, mãe!) e o endereço tinha um typo.

E pronto! 🙂

Devo ter saído da Agenzia delle Entrate menos de uma hora depois. No fim, foi até melhor deixar para fazer aqui do que ficar horas na fila do consulado brasileiro…

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Giovana mal pode esperar pela terça-feira à tarde na qual estará tomando um drink numa praia no Mar Mediterrâneo rindo muito de tudo isso. Enquanto isso, escreve sobre viagem e morar no exterior por aqui!