Coronavirus x sua viagem marcada: o que fazer para salvar as férias

A pandemia do coronavírus nos fez mudar totalmente nossas rotinas em pouquíssimo tempo. Também nos fez adiar um monte de planos, incluindo as férias de muita gente!

Neste post, reúno informações que podem ser úteis para quem está nessa situação de ter uma viagem marcada nas próximas semanas e não ter certeza do que fazer com ela.

Cancelar ou adiar?

A primeira coisa a ser levada em consideração é que, por enquanto, não há um prazo para que as coisas voltem ao “normal”. Então, ainda não tem como saber se sua viagem no fim de abril vai rolar, nem se seu intercâmbio do segundo semestre está realmente a salvo. Em alguns casos, essa decisão não caberá somente a você; talvez a companhia aérea cancele o voo, ou o país de destino feche as fronteiras.

Mas, se couber a você e você decidir que realmente não é hora de viajar, a recomendação é adiar, não cancelar. Isso porque o impacto na indústria de viagem e turismo já será altíssimo neste ano; caso os turistas cancelem seus voos e pacotes e peçam reembolsos, o prejuízo será ainda maior. Por isso, se puder, é melhor entrar em contato com as companhias responsáveis e pedir o adiamento, ajudando a manter milhões de empregos que dependem da circulação das pessoas pelo mundo.

Recomendações da Anac

A recomendação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) reverbera essa posição. De acordo com as orientações no site, é possível adiar passagens aéreas sem pagar multa, desde que aceite um voucher que deve ser utilizado em até 12 meses a partir da data do voo.

Já para quem realmente optar por cancelar e pedir reembolso – por exemplo, tiver uma viagem de negócios para um congresso que não acontecerá mais – , deverá observar as regras da própria companhia com a qual fez a compra. A Anac ainda determina que, mesmo que a passagem não seja reembolsável, a tarifa de embarque deve ser. O prazo para o reembolso é de 12 meses.

No caso de alterações ou cancelamentos feitos pelas companhias aéreas, a situação permanece como antes: o cliente deve ser avisado no mínimo 72 horas antes do embarque. Caso esse prazo não seja respeitado, ele tem direito a reembolso integral ou de mudar de voo. Além disso, as mesmas condições valem para voos internacionais, quando a alteração for de mais de uma hora em relação ao horário de partida ou de chegada, e para voos nacionais, quando essa alteração for de mais de 30 minutos. Se o passageiro só ficar sabendo da alteração quando já estiver no aeroporto, a companhia aérea deve oferecer, além do reembolso ou reacomodação em outro voo, assistência material.

Mas é possível viajar?

Ainda segundo a Anac, sim, mas é bom tomar alguns cuidados. Para quem ainda não foi, é recomendado evitar viagens não-essenciais aos países que tenham transmissão local. Caso não seja possível adiar a viagem, se deve buscar os sites dos países e seguir as medidas de precaução.

Para quem está neste momento em uma viagem, a primeira recomendação é de também seguir à risca todas as medidas de precaução, especialmente ao visitar lugares públicos, andar de transporte público, passar por estações de metrô, ônibus e aeroportos e antes de comer. Também se deve ficar atento às restrições dos países, já que existem casos de alguns que estão com fronteiras fechadas em casos específicos – isso pode ser visto neste link.

Ao chegar no Brasil, a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de isolamento de no mínimo 7 dias. Caso apresente sintomas do coronavírus, a quarentena é expandida para 14 dias.

A gente chega até a se perguntar como foi que um dia esteve numa multidão dessa

Caso a caso

Muitas companhias aéreas também já se manifestaram sobre o cenário atual e o posicionamento de cada uma pode ser visto no respectivo site oficial. O Melhores Destinos também fez um apanhadão de todas. Assim, você pode se informar sobre o que ela está garantindo e agir como achar melhor.

Uma dica extra pode ser procurar diretamente o Procon, e a orientação vem do próprio diretor-executivo do Procon-SP: ele disse à Globonews que essa medida permite que o órgão atue em bloco em relação às empresas que estão agindo de forma abusiva neste momento. “O consumidor não é obrigado a viajar para um lugar onde vai colocar em risco a sua saúde; mais do que isso, não é obrigado a entrar num avião neste momento”, avaliou durante a entrevista.

Então, viajo ou não?

Minha opinião pessoal: eu, neste momento, adiaria a viagem, independente do destino!

Ainda estamos num período de muitas incertezas sobre o avanço do vírus e suas consequências imediatas. Isso quer dizer que mudanças ainda poderão ocorrer em muitos níveis, de fronteiras até a saída de pessoas na rua. E, com tudo sendo fechado para limitar a circulação de pessoas, muitas atrações já não podem ser visitadas.

Além disso, existe um lado de responsabilidade social: a recomendação geral, até em países onde isso não foi decretado, é de não sair de casa exceto em graves circunstâncias, como para ir ao mercado, ir a uma consulta médica ou trabalhar. Então, se o simples ato de sair de casa deve ser evitado, imagine ir para outro país! Existe, ainda, o risco de transportar com você o vírus e fazer mais vítimas, seja do Brasil para outro país, seja de outro país de volta para o Brasil.

Por isso, a meu ver, o melhor neste momento é adiar a viagem e deixar para viajar num momento em que isso não apenas seja mais proveitoso, mas também não represente um perigo para a sua saúde e de todo mundo com quem você encontrar durante e depois 😉

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Giovana mal pode esperar pela terça-feira à tarde na qual estará tomando um drink numa praia no Mar Mediterrâneo rindo muito de tudo isso. Enquanto isso, escreve sobre viagem e morar no exterior por aqui!